O chico nascido em Esmeraldas e que ordenhava vacas para ter dinheiro para comprar um par de chuteiras foi abraçado por cerca de 10 mil de colorados presentes no Gigantinho, muitos deles usando máscaras com o rosto do camisa 13 colorado. As arquibancadas foram preenchidas de vermelho salpicadas aqui e ali com o amarelo da camisa da seleção equatoriana. Além disso, cerca de quatro toneladas de alimentos não-perecíveis foram arrecadadas.
No aquece, antes do evento oficial começar, a banda da Popular tocou todas as músicas tocadas no Beira-Rio quando o Inter está em campo, dando atmosfera de jogo à apresentação do equatoriano.
— Haverá sempre uma luta incrível com as cores do Inter. Vamos colocar nosso nome na história do clube. Vamos, Inter — disse Valencia no vídeo que iniciou a festividade, apresentada pelo ator Zé Vitor Castiel.O mestre de cerimônias começou seu discurso dizendo que a noite era para mostrar ao jogador o que é ser colorado. Elencou uma série de predicados de Valencia antes de a banda da Popular voltar ao palco. Depois do show, uma série de vídeos de boas-vindas enviados por torcedores foi mostrado nos telões.
Depois das mensagens Thedy Corrêa subiu ao palco com a filha Stella para embalar a expectativa dos torcedores. Antes da apresentação de Rafael Malenotti, mais uma leva de vídeos com mensagens de torcedores. Chamado ao palco junto com representantes de um patrocinador, o presidente Alessandro Barcellos foi vaiado. Na sequência, vídeo da recepção feita pelos colorados no aeroporto na madrugada desta segunda.
Às 19h50min, ao som dos gritos do torcedor por Va-len-cia, Valencia subiu ao palco junto com a família. Ele pousou para fotos, se aproximou da torcida e assinou para, em seguida, falar como jogador colorado.— Boa noite à toda torcida colorada! Obrigada por todo o carinho. Estou muito emocionado por tudo que estou vivendo no Inter. Espero retribuir todo esse carinho.
Sob os gritos de "Valenciaaaaa, Valenciaaaaa, Valenciaaaaa, é o Enner Valencia", o atacante vestiu a camisa e tocou o tambor da banda da Popular.— Obrigado, torcida colorada. Vamos cantar juntos — gritou o atacante depois de um pequeno discurso de sua filha.
Antes de se despedir, Valencia autografou algumas camisas jogadas para o palco pelos torcedores. Uma bandeira do Equador foi estendida no palco. Seu último ato foi uma foto emoldurada pela festa dos torcedores.Oriundo de um país que batiza a linha imaginária que divide a Terra em norte e sul, Valencia encheu o Gigantinho com a esperança de ser um divisor de águas da temporada colorada.